Espaço Cultural UNIFOR apresenta três grandes exposições até 20 de janeiro de 2013
De 26 de outubro a 20 de janeiro, o Espaço Cultural Unifor apresenta três grandes exposições. Guerra e Paz, de Portinari [estudos], com obras originais do pintor brasileiro e os estudos sobre os painéis “Guerra” e “Paz”; O Egito Sob o Olhar de Napoleão, com 35 peças raras entre livros e gravuras; e Acervo da Fundação Edson Queiroz, com obras modernistas e contemporâneas.
A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. Pode ser feita de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h. Há, ainda, a opção de agendar visitas guiadas por meio do Projeto Arte-Educação, que atende crianças e adolescentes pertencentes à rede pública e privada de ensino.
A visitação ao Espaço Cultural Unifor é gratuita. Pode ser feita de terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h. Há, ainda, a opção de agendar visitas guiadas por meio do Projeto Arte-Educação, que atende crianças e adolescentes pertencentes à rede pública e privada de ensino.
Guerra e Paz, de Portinari [estudos]
O Projeto Portinari e a Universidade de Fortaleza trazem à capital cearense a primeira exposição de obras originais de Candido Portinari (1903-1962). A exposição é composta por cerca de 50 estudos originais - junto a documentos históricos, entre cartas, jornais da época e fotografias - sobre as obras emblemáticas do pintor brasileiro: “Guerra” e “Paz”. Os estudos originais preparatórios para os painéis contam, em detalhes, a trajetória de criação das obras monumentais doadas pelo governo brasileiro para a sede das Nações Unidas, em Nova York, em 1956. A exposição conta ainda com emocionante conteúdo audiovisual, o Carroussel Raisonnè: uma imagem da diversidade e criatividade de Portinari, como o próprio pintor nunca viu.
Exposição Cândido Portinari
"GUERRA E PAZ"
Cândido Portinari, foi um artista plástico brasileiro, filho de imigrantes italianos. Seu primeiro contato com a pintura foi aos 14a como ajudante de um grupo de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas. Aos 15a foi para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa. Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Em 1946 Portinari volta ao Brasil renovado. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos.Portinari pintou quase cinco mil obras. Portinari hoje é considerado um dos artistas mais prestigiados do país e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
As telas Meninos e Piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo, situada a 16 quilômetros de sua cidade natal, Brodowski. São 23 obras, incluindo 2 retratos
Entre suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e Paz (1953-1956)que foram presenteados em 1956 à sede da ONU de Nova Iorque. Em novembro de 2010, depois de 53 anos, elas voltaram ao Brasil e foram exibidas no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Guerra e Paz são dois painéis de aproximadamente, 14 x 10 m cada, um representa guerra, o outro representa a paz, produzidos pelo pintor brasileiro Cândido Portinari, entre 1952 e 1956, os painéis Guerra e Paz foram pintados a óleo sobre madeira compensada naval. Por seu trabalho com os painéis, Portinari foi agraciado em 1956 com o prêmio concedido pela Solomon Guggenheim Foundation de Nova York. Em 1956, foram expostos numa cerimônia no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que contou com a presença do então Presidente Juscelino Kubitschek. Em 1956. Em 2007 0 anúncio de uma grande reforma no edifício sede da ONU entre 2010 e 2014 proporcionou a oportunidade inédita de expor os painéis "Guerra e Paz" no Brasil e no exterior.
A força das imagens de desespero, em "Guerra", e de esperança, em "Paz", impressionam, mas também a história da pintura. Portinari (1903-1962) já sofria efeitos da intoxicação por tintas que o mataria, teve de trabalhar num galpão de Botafogo sob temperatura de 40ºC.
Durante o período de criação dos murais Guerra e Paz, Portinari foi proibido de pintar pelos médicos, na tentativa de freiar o processo de envenenamento pelas tintas que o pintor sofria. Mas Portinari não recuou ao desafio e ao trabalho maior de toda a sua vida. Guerra e Paz seria o coroamento na trajetória de vida de Portinari, que não pintava apenas por pintar. Para a imensa tarefa, o artista teve o auxílio de Enrico Bianco e de Rosalina Leão. Segundo Bianco, não há um centímetro quadrado nos painéis que não tenha a pincelada de Portinari, que usou pincéis pequenos, para quadros de cavalete, não pincéis maiores… E em nove meses, cobriu, pincelada a pincelada, usando as tintas proibidas, dois monumentais paredões de 14m de altura e 10m de largura.
Portinari faleceu em 6 de fevereiro de 1962.
Mensagem enviada por Portinari à Conferência Cultural e Científica para a Paz Mundial em NY, em 1949 (convidado a participar da Conferência, o pintor ficou impossibilitado de comparecer porque a embaixada americana lhe negou o visto de entrada no país por razões políticas): “A luta pela Paz é uma decisiva e urgente tarefa. É uma campanha de esclarecimento e de alerta que exige determinação e coragem. Devemos organizar a luta pela Paz, ampliar cada vez mais a nossa frente anti-guerreira, trazendo para ela todos os homens de boa vontade, sem distinção de crenças ou de raças, para assim unidos, os povos do mundo inteiro, não somente com palavras mas com ações, levar até a vitória final a grande causa da Paz, da Cultura, do Progresso e da Fraternidade entre os povos.”
As obras estão expostas em um ambiente de piso claro e parede em tom marfim deixando as obras em evidência.
O Egito Sob o Olhar de Napoleão
Em O Egito Sob o Olhar de Napoleão, com curadoria do arqueólogo Vagner Carvalheiro Porto, das 35 peças a serem exibidas, 21 fazem parte de Description de l’Egypte, coleção publicada em Paris entre 1809 e 1822, que descreve a expedição científica e militar liderada pelo general Napoleão Bonaparte àquele país do Oriente. A obra é reconhecida como o mais importante estudo erudito europeu do Egito antigo e moderno. Os livros acompanham 14 reproduções fotográficas das matrizes em cobre pertencentes ao Museu do Louvre, em Paris. Organizada em cinco seções: Cartografia, Religião, Arquitetura, Egito Moderno e História Natural, a exposição apresenta 13 dos 21 volumes da Description de l’Egypte, com gravuras e alguns com mais de um metro de altura, abertos em página fixa, dentro de uma vitrine. O fundo preto das vitrines evidenciava as obras valorizando-as. A cor do piso e as paredes em um tom pastel claro o que deixava as vitrines em destaque. No centro do ambiente, monitores com informações, tornando a observação mais rápida.
Acervo da Fundação Edson Queiroz
A Fundação Edson Queiroz reúne em uma exposição, pela primeira vez, obras do seu acervo. A mostra permite uma viagem pela arte moderna brasileira, contribuindo não apenas para a discussão sobre o período, mas também sobre o seu legado para a arte contemporânea. A exposição apresenta parte significativa das obras pertencentes ao acervo da Fundação Edson Queiroz. São 52 peças raras, entre pinturas, gravuras e esculturas, criadas por 28 dos mais representativos nomes da arte brasileira do século XX.
No geral toda a exposição está em ambientes adequados amplos e bem distribuídos, com uma boa iluminação, climatizados, as obras em um destaque adequado, boa visibilidade, em harmonia com o ambiente e boas informações.
SERVIÇO
Guerra e Paz, de Portinari [estudos], O Egito Sob o Olhar de Napoleão & Acervo da Fundação Edson Queiroz
Local: Espaço Cultural Unifor
Visitação: De 26 de outubro de 2012 a 20 de janeiro de 2013
Horário: De terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h
Mais informações: 3477 3119
Guerra e Paz, de Portinari [estudos], O Egito Sob o Olhar de Napoleão & Acervo da Fundação Edson Queiroz
Local: Espaço Cultural Unifor
Visitação: De 26 de outubro de 2012 a 20 de janeiro de 2013
Horário: De terça a sexta-feira, das 8h às 18h, e aos sábados e domingos, das 8h às 18h
Mais informações: 3477 3119
FONTE http://www2.tjce.jus.br:8080/esmec/?p=10094
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